Flores perfumadas para seu jardim

Além do colorido, algumas flores encantam também pelo perfume



BOCA-DE-LEÃO



A boca-de-leão (Anthirrhinum majus) recebeu este nome por causa de suas flores em formato de tubo que, quando apertadas, lembram a boca do famoso felino africano. Produzidas em diversas cores no Inverno e na Primavera, apresentam um aroma agradável. Deve ser cultivada sob sol direto em terrenos muito bem adubados e drenados, com irrigação frequente. Gosta de temperaturas mais baixas e se mantém bonita por apenas um ano, precisando ser substituída após este período.




NARCISO



As flores amareladas e vistosas do narciso (Narcissus x cyclamineus) também se destacam pelo aroma suave. Formadas no final do Inverno e início da Primavera, elas aparecem solitárias na ponta da longa haste floral. Necessita ser plantado em canteiros sob sol direto e em locais com clima ameno, como no Sul do Brasil. Multiplica-se facilmente.




LAVANDA



Também chamada de alfazema, a lavanda (Lavandula angustifolia) é uma planta aromática com 60 a 90 cm de altura, originária da região do Mar Mediterrâneo (entre a Europa e a África). Suas pequeninas flores lilases, azuis ou roxas surgem durante o Verão. Para se desenvolver bem, precisa ser colocada em canteiro bem adubado e receber sol direto. Como gosta de clima frio, seu cultivo é indicado para locais de temperaturas amenas.




MANACÁ-DA-SERRA



Árvore de pequeno porte (com 3 m de altura, em média), o manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis) produz flores grandes e cheirosas. Formadas geralmente no Inverno, elas mudam de cor com o tempo! Inicialmente brancas, vão ficando lilases e quando se desprendem dos ramos estão roxa-escuras. Originário do Brasil, pode ser reproduzido por semente, alporquia ou estaquia.




JACINTO



O jacinto (Hyacinthus orientalis) apresenta perfume adocicado e intenso. Suas flores em formato de espiga desabrocham na Primavera e podem aparecer em seis tonalidades: branca, amarela, rósea, vermelha ou azul. Muito utilizado em arranjos florais, deve ser cultivado em vasos ou canteiros bem drenados e longe da luz solar direta. Esta espécie aprecia baixas temperaturas.




JASMIM-ESTRELA



A delicadeza e a doce fragrância são as marcas do jasmim-estrela (Jasminum nitidum). Com ramos longos e pendentes, é cultivado junto a cercas, grades ou recobrindo pórticos e pergolados, tal qual uma trepadeira. Suas folhas são verde-escuras brilhantes, ao passo que as flores em formato de estrela são brancas e aparecem na Primavera-Verão. Gosta de luz solar direta e terrenos bem drenados, não tolerando geadas.



ROSA



A mais popular das flores alia beleza e perfume inconfundíveis. Cultivada isoladamente em jardins ou também em conjunto, a rosa (Rosaceae) floresce durante o ano todo. Com altura média de 2 m, precisa de terra fértil e permeável para se desenvolver adequadamente. Prefere temperaturas amenas e, por isso, suas floradas são mais intensas no Sul do Brasil e nas regiões serranas.





Texto da jornalista  Paula Andrade  para a revista Meu Jardim n.º 2 - Ed. Casa Dois
Fotos: revista Meu Jardim n.º 2 - Ed. Casa Dois

Conheça as orquídeas mais populares

É quase impossível passar despercebido por uma orquídea. O colorido, formato e perfume das flores e o conjunto floral... tem sempre algo que desperta a atenção.


Existem mais de 35 mil espécies dessas plantas no mundo todo, sendo que cerca de 2.700 ocorrem nas matas brasileiras. Com tanta diversidade, fica difícil escolher as mais belas. Por isso, Meu Jardim fez uma seleção daquelas que são pouco exigentes, possuem cultivo simples e podem ser facilmente adquiridas em orquidários e garden centers.




CATTLEYA



Conhecida como a rainha das orquídeas, a Cattleya está entre as mais populares e apreciadas no mundo. Presente desde o México até a América do Sul, produz flores das mais variadas cores, perfumadas ou não e que podem chegar a 25 cm de diâmetro. Deve ser cultivada em local bem iluminado, mas sem luz solar direta, com temperaturas entre 18 e 25ºC e receber rega quando o substrato estiver seco. Além de ser plantada em vaso, também aprecia ficar fixada ao tronco de árvores. A Cattleya é a mais cultivada no Brasil.



LAELIA


Originária das Américas do Sul e Central, a Laelia também está entre as mais requisitadas no Brasil, em especial, porque há uma grande variedade nativa do País. Suas flores são vistosas, duram cerca de duas semanas e apresentam belas formas e cores, como amarela, púrpura, branca, rósea e vermelha. De modo geral, necessita ficar à meia-sombra, em lugares bem ventilados e com temperaturas entre 12 e 20ºC. Assim como a rega, a adubação deve ser frequente, pelo menos uma vez por semana.


VANDA


Por ser proveniente de regiões pantanosas da Ásia, essa orquídea gosta de muito calor, umidade relativa do ar bastante alta, boa ventilação, rega frequente e luminosidade abundante. Precisa ser plantada em caixetas vazadas de madeira ou de plástico, porém, sem substrato para que suas raízes fiquem soltas, ou ainda fixada em tronco de árvores. A Vanda floresce de três a quatro vezes por ano, quando aparecem entre dez e 20 flores de formas arredondadas e que permanecem abertas por até um mês.

ONCIDIUM

 

Suas flores são pequenas, delicadas, muito ornamentais e, às vezes, perfumadas, aparecendo nos tons amarelo, róseo, branco e castanho. A durabilidade é variável, de uma semana a 40 dias, no entanto, a quantidade é surpreendente: entre 30 e cem unidades por haste floral. Seu cultivo é simples, necessitando de boa ventilação, meia-sombra, alta umidade relativa do ar e rega sempre que o substrato secar. O Oncidium é distribuído pelas Américas Central e do Sul, por isso, possui fácil adaptação às diversas regiões do Brasil.


PHALAENOPSIS


É muito utilizada para ornamentar ambientes internos e está entre as mais produzidas no mundo. Nativa da Ásia Tropical, adapta-se a ­qualquer região do Brasil, desde que mantida em local sombreado e protegido de ventos. Necessita de irrigação de duas a três vezes por semana e ser adubada com NPK 20-20-20 uma vez por semana. As flores da Phalaenopsis são extremamente resistentes, podem durar até três meses e aparecem durante o ano todo nas cores branca, rósea e lilás, embora também existam variações de castanho e amarelo.



CYMBIDIUM



A longa permanência das flores é uma característica marcante do Cymbidium, já que ficam abertas por mais de 30 dias. Elas aparecem em grande quantidade, entre dez e 40, e em uma vasta gama de cores, como amarela, branca, vermelha, rósea, verde, laranja, entre outras. Essa orquídea gosta de baixas temperaturas, florescendo no Outono-Inverno, porém, não resiste a geadas. Outros cuidados indicados são: meia-sombra, alta umidade relativa do ar e substrato bem aerado e mantido úmido.



PAPHIOPEDILUM



O formato exótico das flores do Paphiopedilum deu origem aos seus apelidos: sapatinho e queixuda. Elas podem ficar abertas por até um mês, além disso, é comum encontrar em suas laterais pelos e verrugas. Quanto às cores, são muito variadas, desde tons de amarelo, verde e vermelho até branco. Por ser nativa de matas sombreadas e úmidas da Ásia Tropical, essa orquídea aprecia substrato aerado e sempre umedecido, mas sem encharcamento, meia-sombra e clima temperado, ou seja, quente durante o dia e ameno à noite.




Texto da jornalista Renata Putinatti para a revista Meu Jardim n.º 3 - Ed. Casa Dois
Fotos: revista Meu Jardim n.º 3 - Ed. Casa Dois

Participação do Blog Flores & Plantas no UOL - As Videiras

7/02/2012 - 07h00

Videiras rendem efeito ornamental e frutos em pouco espaço; saiba como cultivar

Juliana Nakamura
Do UOL, em São Paulo
  • A videira da espécie <i>Vitis labrusca</i> presta para uso ornamental e também produz frutos. A doçura da uva está diretamente relacionada com a insolação: quanto mais sol, mais doce
    A videira da espécie Vitis labrusca presta para uso ornamental e também produz frutos. A doçura da uva está diretamente relacionada com a insolação: quanto mais sol, mais doce
Muito valorizadas por seus frutos que há milênios oferecem alimento e vinho ao homem, as videiras também podem ter uso ornamental e serem bem aproveitadas em jardins domésticos. Ao serem mantidas sobre caramanchões ou pergolados, essas trepadeiras podem adicionar altura em projetos de paisagismo e ainda prover sombra no verão. Além disso, dependendo da espécie escolhida e das condições de plantio, as parreiras de uvas podem gerar deliciosos frutos, ainda que não sejam em quantidade ou qualidade suficientes para produzir vinhos finos.
A seleção da espécie a ser cultivada e a análise das condições locais são os primeiros passos para quem quer ter uma videira bonita no jardim. O engenheiro agrônomo Jair Costa Nachtigal, pesquisador da Embrapa Clima Temperado, conta que se o objetivo é somente produzir sombra, o melhor é preferir plantas que comercialmente são utilizadas como porta enxertos. Entre as variedades indicadas para regiões tropicais estão a IAC 572 Jales, a IAC 313 Tropical e a IAC 766 Campinas. Para regiões mais frias, as variedades mais apropriadas são a Paulsen 1103, a SO4, Solferino e a Kober 5BB.
Mas se a intenção é produzir também frutos, deve-se privilegiar as americanas da espécie Vitis labrusca, também chamadas de uvas comuns ou uvas rústicas. De maneira geral, estas videiras caracterizam-se por apresentar elevada produtividade e alta resistência às doenças. Nesse grupo se enquadram a Niágara Rosada, a Niágara Branca, a Bordô, a Concord e a Concord Clone 30, entre outras.

Cultivo

  • BSB Jardins e Paisagismo
    Por ser uma trepadeira, a videira exige a construção de um suporte para a sustentação dos ramos, como pergolado, caramanchão ou uma simples treliça

Para plantios domésticos, as mudas podem ser produzidas por estacas lenhosas inseridas diretamente no local de plantio definitivo. “Para garantir o enraizamento, podem ser colocadas duas ou mais estacas em uma mesma cova, fazendo-se irrigações periódicas, conforme a necessidade”, instrui o engenheiro agrônomo Jair Costa Nachtigal, pesquisador da Embrapa Clima Temperado, lembrando ainda que outra possibilidade é comprar as mudas prontas de produtores registrados no Ministério da Agricultura.
O paisagista Paulo Heib, que já utilizou videiras em alguns de seus projetos, conta que as exigências para manter essa frutífera no jardim não são grandes. “A planta precisa de um espaço mínimo para cultivo, mas pode até mesmo ser plantada em grandes vasos, visto que as raízes não crescem muito”, diz.
No solo, a área mínima necessária para cada exemplar gira em torno de 10 m², a depender das condições locais e da espécie plantada. Além disso, por ser uma trepadeira, é preciso a construção prévia de um suporte para a sustentação dos ramos, como pergolado, caramanchão ou uma simples treliça, normalmente de madeira ou bambu.
Embora o melhor desenvolvimento da videira aconteça em regiões de clima mediterrâneo (quente e seco no verão, com invernos mais frios e úmidos), a planta se adapta a diferentes condições climáticas, desde que haja bastante luminosidade. A insolação direta é extremamente importante e a doçura dos frutos está relacionada com o período de sol que a planta recebe.
A videira também vai bem em qualquer tipo de terreno rico em matéria orgânica, com exceção dos solos encharcados.“Há mais de 40 anos, a idéia de que, no Brasil, as videiras só se desenvolvem no clima da serra gaúcha não é mais válida. Hoje, há espécies de uvas que podem ser cultivadas com sucesso do Oiapoque ao Chuí”, revela o pesquisador da Embrapa, Jair Nachtigal.
Podas de formação e de produção são importantes para assegurar que a planta cresça forte e pujante. A poda de formação é executada desde o plantio da muda até a planta adquirir o tamanho e o formato desejados. Já a poda de produção, feita anualmente quando a planta está no período de repouso (ou seja, no inverno), serve para manter o equilíbrio entre o vigor da vegetação e a frutificação.
É importante não criar a expectativa de ter frutos rapidamente. Afinal, as videiras levam de dois a três anos para atingir o seu desenvolvimento pleno. Além disso, antes de adquirir uma muda para uso ornamental, deve-se levar em conta que a videira é uma planta sazonal. Isso significa que, durante o período vegetativo até a frutificação, apresenta-se verde e produz sombra. No entanto, após a colheita, ela perde suas folhas e, junto com elas, sua função de sombreamento.

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