Stanhopea tigrina - Orquídea












Uma belíssima orquídea do Sul da América Central, mais precisamente do Méximo, vegeta a uma altitude inferior a 1100m, com hastes florais pendentes, nascidas na base dos pseudobulbos, com uma única folha pliçada. Flores grandes e perfumadas,com 6 cm de diâmetro, que duram cerca de 4 dias. Floresce nos meses de agosto e setembro, podendo ir até dezembro. Pseudobulbos ovais, bastante enrugados. Recomenda-se cultivar em cachepôs de madeira porque as inflorescências surgem de cima para baixo. Daí a Stanhopea ser conhecida de "ponta cabeça", "cabeça para baixo" ou "passarinhos", por serem parecidas com os pássaros. Sombreamento 70%, muita umidade e regas frequentes. Face seu perfume intenso, as abelhas masculinas euglossini fazem a polinização.

Texto: Vera Coelho


Link original: http://orquidarioterradaluz.blogspot.com/2008/08/stanhopea-tigrina.html


Fotos: Paulo Heib

A terra (substrato)



É a terra que nutre e fixa a maior parte das espécies vegetais. Por isso, precisa de especial atenção e de todos os mimos que podemos dar a ela.
Quem gosta de plantas precisa saber “sujar” as mãos com terra, pelo menos de vez em quando. Pode-se tocar o substrato para sentir a textura, a umidade, a temperatura, a granulação ou só colher uma amostra para análise laboratorial, mas uma coisa é certa suas condições devem ser um ponto constante de observação, já que estar atento às condições ao substrato com que se trabalha é requisito básico para o sucesso do quer que se deseje plantar.
Obviamente, em casos anormais, certos diagnósticos só podem ser dados após a consulta a um profissional, mas, pensando na situação corriqueira de um jardim de quintal e na manutenção dos vasos de casa, não é preciso ser nenhum expert em agronomia ou biologia para obter algumsa informações importantes sobre o solo. Basta prestar um pouco de atenção em alguns critérios importantes.
TexturaTerra lisa, úmida e viscosa indica presença de argila, com tendência a empedrar, compactar e rachar se não for cuidada. Pode ser rica em minerais, como ferro e alumínio.
Terra seca, fofa e leve é mais arenosa, arejada e permeável, mas apresenta tendência a estar misturada com cascalho ou partículas maiores, podendo apresentar mais dificuldade para reter os nutrientes.
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Cor
Escura
 – indica presença de matéria orgânica e boa fertilidade. Também pode ser indício de que o pH é mais ácido e de que o ambiente tem boa oferta de magnésio
Vermelha - normalmente, quer dizer que a terra está rica em ferro. Muitas pessoas acreditam que toda terra vermelha é argilosa, mas nem sempre isso é verdade – assim como pode haver argila em solos de outras tonalidades.
Clara – sinaliza para o meio alcalino, e requer cuidados redobrados com pragas e doenças.
Amarelada – esbranquiçada ou bege clara indicam presença forte de areia e cascalhos.
IrrigaçãoQuando surgem pequenas poças ao molhar, provavelmente, é indício de que tem bastante argila em sua composição e há grande chance de o pH ser ligeiramente ácido.
Drenagem
Quando a água escoar rapidamente, isto significa que o solo tem grande capacidade  de drenagem e/ou é mais arenoso. Também  pode ser indício da presença de minhocas e outras espécies benéficas da microfauna ou, ainda, de muita pedra e cascalho.
Infiltração
Ao reter muita água sobre a superficie, o solo está sinalizando que há algum problema de infiltração ou o solo é compactado.
Superfície barrenta
Se o solo fica barrento ao receber água, porém sem poças, ele tem composição mista, nem muito argiloso e nem arenoso demais, eventualmente composto por silte.
De forma geral, o pH natural do solo no Brasil é levemente ácido, e essa condição costuma ser benéfica para boa parte das principais plantas de jardim que são cultivadas no país. Mas, como tudo na vida, o excesso desequilibra o bom funcionamento de qualquer sistema. Diante da suspeita de que há alguma descompensação séria na terra, submeta o material a análise em laboratórios de institutos agronômicos ou universidades. Com base nos resultados. Você terá condições de saber qual a melhor forma de corrigir ou equilibrar a terra.
Com base nas informações, algumas ações simples e naturais podem ser adotadas para equilibrar ou corrigir o que for preciso. Confira.
Excesso de argilaMisture bem um pouco de húmus à primeira camada de terra e aplique esterco curtido com certa regularidade, sempre seguido de uma camada bem fina de serragem ou palha. Além disso, dê preferência para garfos, tridentes e ferramentas mais serrilhadas ou perfurantes na hora de revolver o solo, evitando pás e enxadas.
Muita areia
Realize um trabalho constante de adubação com húmus. Tente plantar, pelo menos, algumas espécies de porte médio e grande, para evitar que as partículas da terra sejam carregadas para longe, assim como plantas com raízes de crescimento rápido.
pH muito básico
Agregações de composto orgânico e bastante rega costumam dar conta do recado. Também se pode recorrer a cascas e agulhas de pinus.
pH ácido demais
Basta acrescentar cinza de madeira ou pó de rochas, ostras, lagostas e conchas moídas.
Texto do blog plantasonya.com

Roberto Burle Marx - O paisagista a frente do seu tempo

Autor: Rômulo Cavalcanti Braga - Data: 13/8/2010

Sua visão futurista, sua ousadia, sua imaginação criativa e indômita e seu patriotismo o transformaram no reformulador do paisagismo brasileiro – Rômulo Cavalcanti Braga



A história do paisagismo brasileiro, a partir de 1930, está intrinsecamente ligada à obra mundialmente famosa de Roberto Burle Marx. É um dos brasileiros mais consagrados no exterior em todos os tempos. Quarto filho do alemão Wilhelm Marx com a pernambucana Cecília Burle, Roberto nasceu em São Paulo, em 1909, mas ainda nem havia ido para a escola quando a família se mudou para o Rio de Janeiro. Na casa ao pé do morro da Babilônia, perto do mar, ele começa a cuidar de seus primeiros canteiros, motivado pela mãe que cultivava um jardim de estilo europeu, e pelo pai, que assinava revistas estrangeiras de jardinagem. Aos 19 anos, viaja para a Alemanha para se aperfeiçoar como desenhista. Lá, casualmente, descobre a beleza das plantas tropicais, numa visita ao Jardim Botânico de Dahlen.


De volta ao Brasil, Burle Marx começa a cultivar colecionar e classificar plantas num jardim na encosta do morro, atrás de sua casa. Seu primeiro trabalho como paisagista é feito a pedido do arquiteto e amigo Lúcio Costa, no início dos anos 30.

Burle Marx projeta um jardim revolucionário, usando plantas tropicais e a estética da pintura abstrata. O começo é difícil. Os jardins brasileiros obedecem ao modelo europeu: predominam azaléias, camélias, magnólias e nogueiras. A elite conservadora da época estranha o estilo abstrato e tropical de Burle Marx. Mas a renovação nas artes e na arquitetura é uma tendência mundial e irresistível para o conservadorismo da época. Burle Marx torna-se adepto da escola alemã Bauhaus, com seu estilo humanista e integrador de todas as artes.

No Brasil, um grupo de jovens arquitetos, profundamente influenciados pela c orrente francesa liderada por Le Corbusier, revoluciona a arquitetura. Entre eles, Oscar Niemayer e Lúcio Costa. A moderna arquitetura brasileira usa novos materiais. Aço, vidro e concreto pedem um paisagismo renovador. A associação entre Burle Marx, Niemayer e Lúcio Costa não pára mais.

Profundo admirador e apaixonado pela flora brasileira Burle Marx, realiza incontáveis incursões por todo país a procura de exemplares raros e exóticos. Encontra nas Bromélias um sentido inovador e revolucionário para dar asas a sua imaginação criativa e indômita. Em Brasília, assinou os projetos das áreas verdes do Plano Piloto e inovou ao usar o Buriti, uma espécie de palmeira, em espaços urbanos.

Pouco a pouco, através de estudos aliados a prática, torna-se botânico autodidata, especialista em plantas tropicais. Faz de sua relação com a natureza uma prática monástica. Sua reverência a flora torna-o pioneiro na luta pela preservação do meio ambiente. Burle Marx levou para o paisagismo o ideário da arte e arquitetura modernas. Rejeitou as flores exóticas com que o país compunha seus jardins públicos e particulares e trouxe para as praças a antes desprezada vegetação nativa. Compôs jardins como quem cria obras de arte. Pensou na topografia, no meio ambiente, na arquitetura e na plasticidade para projetar jardins e praças no Brasil e em mais de vinte países.


Burle Marx foi o paisagista que descobriu a riqueza da flora nativa do Brasil. Amante da natureza, chegou a catalogar 46 novas plantas e emprestou seu nome para várias espécies. Ao criar o projeto de paisagismo da Praça dos Cristais, Burle Marx utilizou 53 tipos de plantas, muitas delas não nativas do cerrado. Algumas não se adaptaram ao clima de Brasília e não sobreviveram. Outras resistiram e estão lá até hoje. Um exemplo é o Buriti de aproximadamente 12m que se encontra no local há 38 anos.

O homem de cabelos e bigodes brancos já havia passado dos 70 anos quando decidiu coordenar uma expedição científica à Amazônia. Botânicos, arquitetos paisagistas e fotógrafos percorreram mais de 10 mil quilômetros em 53 dias de exaustiva rotina de observação, coleta de espécies, documentação, catalogação e embalagem de plantas vivas, como relata Vera Beatriz Siqueira em Burle Marx, da editora Cosac Naify.

O mesmo desbravador de florestas — que se apossou do espírito dos viajantes europeus dos séculos passados — era um paisagista que, na prancheta, desenhava projetos que ainda no papel já eram uma obra de arte. Apesar disso, “o desenho jamais determinou o destino do jardim, que o paisagista sabia ser imprevisível e instável”, como escreve Vera Siqueira.

Quando a pintora modernista Tarsila do Amaral conheceu as praças de Roberto Burle Marx (1909 / 1994), logo o chamou de Poeta dos Jardins. E, assim, sintetizou uma das grandezas do paisagista: projetar jardins como quem pinta um quadro. Ele reunia plantas e flores com cores, texturas e formatos complementares, entremeadas a painéis e esculturas, transformando a paisagem numa obra de arte. A busca pelo aspecto pictórico nas composições era uma das prioridades de Burle Marx, assim como a utilização de espécies nacionais, aponta Haruyoshi Ono, paisagista e diretor do escritório Burle Marx & Cia.



Convidamos você para o próximo artigo onde serão abordadas alguns projetos de Burle Marx, não deixe de ler.

Rômulo Cavalcanti Braga é paisagista
Contato: romulocbraga@uol.com.br

Dez espécies de plantas fáceis de cuidar para mudar o astral do ambiente sem dar muito trabalho


Publicada em 07/02/2011 às 11h13m
O Globo
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Cactos não necessitam de regaRIO - Você até queria ter plantas em casa. Mas acaba desistindo da ideia ao pensar no trabalho que elas podem dar, com regas diárias, troca da terra e uso de fertilizantes, entre outros cuidados. Se você se identifica com este perfil, saiba que não são todas as espécies que exigem grande dedicação. A paisagista Ana Iath tem algumas sugestões para quem quer deixar a casa mais verde sem ter muito trabalho.
Na maior parte dos casos, as plantas sem flores são relativamente fáceis de cuidar e já contribuem para mudar o astral do ambiente. Ana fez uma seleção de 10 espécies com preço médios que variam de R$ 15 a R$ 150. Veja e escolha a que mais combina com você.
1) Pata-de-elefante: planta de deserto, armazena água em sua base, assim não precisa de muita rega. Suas folhagens lembram uma palmeira. Pode ser usada em salas e varandas de muito sol. Valor médio: R$ 150.
2) Lança de São Jorge: esta planta é uma espécie de "nova versão" da antiga Espada de São Jorge, muito comum nas casas de nossas avós. Quase não precisa de água. É muito resistente e tolera ambientes com pouca luminosidade. Fica bonita em cantos de sala, ao lado da porta de entrada. Valor médio: R$ 90.
Lança-de-São-Jorge, uma planta comum na casa das avós
3) Pau-d'água: Esta planta também está voltando à moda. De tronco resistente e folhagens largas, também não precisa de muita rega. Uma bela composição é usá-la num cachepô de vidro forrado com cascas de madeira. Custo médio: R$ 150.
4) Palmeira Rafis: palmeira de várias hastes, rústica, exige pouca rega. Suas folhagens de cor verde escura e brilhante abrem em leque nas extremidades. Pode ser usada em salas e varandas. Custo médio por haste: R$ 20.
5) Pacová: planta de folhagem larga e porte médio, deve ser usada em locais de sombra. Fica bem em varandas que não recebam sol direto. Custo médio: R$ 60.
6) Samambaias: plantas que servem para enfeitar varanda, sala e hall social. Existem algumas variações: americana, chorona e jamaica, por exemplo.Tente evitar ao máximo o tradicional uso com pratos e correntinhas, dê preferência por usá-las em painéis verticais ou plantadas em vasos baixos. Precisam de mais cuidado com a rega e não devem pegar sol direto. Custo médio: R$ 15.
7) Palmeira Areca: esta palmeira muito resistente fica bem nas varandas que recebem sol direto. Necessitam poucos cuidados. Custo médio: R$ 20.
8) Palmeira leque: palmeira de bela forma, com as folhas drapeadas e brilhosas. Ótima opção para sala com boa luminosidade, esta planta não tolera muita rega. Custo médio: R$ 60.
Orquídeas: apesar de apartência frágil, são resistentes e de pouca necessidade de rega
9) Cactos e suculentas: São plantas de deserto e, portanto, são bem resistentes e necessitam de pouca água. Existem vários tipos: com espinho, sem espinho, grandes e pequenas. Podem ser criadas composições com pedras e cascas de árvores - é o que chamamos de jardim seco. Mas essas plantas precisam de boa luminosidade. Como possuem grandes variações de tamanho, os preços também variam muito, podendo ir de R$ 5 a R$ 80.
10) Orquídeas: Classificadas como as rainhas das plantas, as orquídeas, apesar da aparência frágil, são resistentes e não precisam de muita água. Ficam lindas num arranjo em cima da mesa de jantar. A floração dura cerca de 50 dias. Custo médio: R$ 25.

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