Ravenala ou Árvore-do-Viajante


Mudas com 3m de altura - aproximadamente 1,5 anos de idade



Nome Científico: Ravenala madagascariensis
Nome Popular: Árvore-do-viajante, árvore-dos-viajantes, palmeira-dos-viajantes
Família: Strelitziaceae
Divisão: Angiospermae

Origem: Madagascar
Ciclo de Vida: Perene


Parque Villa-Lobos em São Paulo (SP)
A árvore-do-viajante é uma planta rizomatosa, de porte arbóreo, mas de textura semi-lenhosa. Ela tem um aspecto escultural e peculiar, próprio das estranhas e belas plantas de Madagascar. Suas folhas são enormes, como as folhas de bananeiras e sustentadas por longos e fortes pecíolos, dispostos em leque. Entre estes pecíolos, a planta acumula água, que serve para matar a sede dos viajantes, e que acabou lhe valendo o nome popular. Quando estes pecíolos caem, ficam cicatrizes no caule lenhoso à semelhança das palmeiras.


Apesar se ser comumente confundida com um palmeira, a árvore-do-viajante é relacionada à família das estrelítzias (Strelitzia sp).

As inflorescências, semelhantes às de estrelítzia, surgem entre os pecíolos, com brácteas verdes em forma de barco e flores de cor branca-creme, vistosas. O conjunto formado por brácteas e flores lembra a cabeça de uma ave, com bico e crista pontiagudos. A floração ocorre no outono e os frutos que se seguem são cápsulas marrons, com sementes de arilo azul iridescente, atraentes para os pássaros. A árvore-do-viajante é polinizada por morcegos e lêmures.

Parque Villa-Lobos em São Paulo (SP)
Esta planta de porte respeitável - atinge 8 metros de altura - e aspecto sensacional não é para qualquer jardim. Ela precisa de espaço para crescerbonita e ser adequadamente admirada. Pode ser utilizada isolada ou em grupos, com caule único ou em touceiras gigantes, preferencialmente em extensos gramados bem cuidados. A árvore-do-viajante é apropriada para grandes jardins residenciais, fazendas e parques. Ela é considerada um dos símbolos de Madagascar e é muito útil para os nativos, que extraem uma gordura sólida do seu caule e fazem coberturas com as fibrosas folhas.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em sol fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. A árvore-do-viajante aprecia adubações orgânicas regulares e não é tolerante a longos períodos de estiagem. É uma planta essencialmente tropical, nativa de florestas quentes e úmidas e não tolera geadas ou frio intenso. O plantio em locais abertos e com ventos fortes faz com suas folhas fiquem rasgadas e feias. A árvore-do-viajante necessita de ricas adubações mensais para que cresça vigorosamente. Multiplica-se por sementes e por divisão das mudas que se formam junto à planta mãe.


Autor: Raquel Patro - jardineiro.net
Fotos: Paulo Heib

OS TEMPEROS


Os temperos (ou condimentos ou ervas aromáticas) acompanham nossa civilização há mais de 5.000 anos, e carregam muitas histórias e mistérios, principalmente em virtude das suas relações com as mitologias. Se não fosse a busca das especiarias do oriente, por exemplo, talvez a esquadra de Cabral não teria dado uma passadinha por aqui em abril de 1500. Até na Bíblia existem várias menções a elas.

Curiosamente, ainda hoje muitos temperos populares desde a época de antes de Cristo possuem informações botânicas ou agronômicas muito escassas, como o alecrim, o manjericão, a sálvia e o orégano, que além de temperos também servem como repelentes de insetos e como elementos de composição de cosméticos, bebidas, perfumes e medicamentos.

Apesar de o Brasil ser continental e de possuir uma das floras mais ricas do mundo, aqui ainda se gasta muito dinheiro na importação de condimentos do exterior (aneto, alcarávia, orégano, alecrim, manjerona, açafrão e erva-doce são quase que totalmente importadas).



Boa qualidade da planta

O valor condimentar e aromático dessas plantas está sempre associado ao teor de óleos essenciais, que são gerados durante seu desenvolvimento. Dessa forma, o cultivo de temperos deve receber uma atenção diferenciada em relação às plantas ornamentais tradicionais, pois além da formação da planta existe também o aspecto da qualidade, para que ela possa ser consumida e melhorar o paladar na comida.

Para se ter uma informação completa, seria necessário conhecer as informações sobre a fisiologia e bioquímica dessas plantas, além da propagação, exigência nutricional, entre outros, porém aqui vamos dar uma resumida básica e apenas citar os cuidados básicos gerais relativos a algumas das espécies mais populares.



Monte uma mini-horta!!!

Você mora em apartamento? Certo, observe o local mais ensolarado para montar uma jardineira. Se você mora em casa e tem um espacinho no jardim, basta meio metro de solo para colocar pelo menos seis espécies diferentes. Seu jardim já está cheio? Ora, então podemos montar uma bela horta vertical em jardineiras em alguma parede bem ensolarada. Enfim, não há desculpa para você não ter sua mini-horta em casa.



Escolha das plantas

No mercado encontramos facilmente sementes e mudas de diversos temperos, a escolha fica a seu critério. Eu, Paulo, prefiro sempre trabalhar com mudas que compro com fornecedores de confiança, afinal nem sempre dá tempo de esperar as sementes germinarem. Caso você goste de ver a plantinha nascendo, há várias marcas de sementes disponíveis.

Tratarei aqui apenas de alguns temperos mais populares:
  • manjericão (Ocimun spp),
  • cebolinha (Allium schoenoprasum ou A. fistulosum),
  • salsinha (Petroselinum sativum ou P. vulgare),
  • alecrim (Rosmarinus officinalis),
  • tomilho (Thymus vulgaris),
  • pimenta (Capsicum spp) e
  • hortelã (Mentha spp).



Espaçamento e forma de plantio das mudas

Procure distribuir as plantas de acordo com seu tipo de crescimento. Por exemplo, alecrim, manjericão crescem para cima entouceirados e podem ser plantados em grupos, já o tomilho e o hortelã vão se espalhar em ramas rasteiras e ocuparão maior espaço.

A cebolinha gosta de pouquíssima água, dessa forma é interessante plantá-la à parte, ou mesmo em um vasinho separado. O hortelã costuma “dominar” o território se espalhando em lugares não desejados, portanto é recomendável que não seja plantado na horta do jardim, mas em jardineira ou vaso para não se tornar uma planta invasiva.

No chão pode-se usar o padrão de 20-30cm de distância entre as mudas.

Para o plantio em jardineiras, dependerá do tamanho desta. Em jardineiras de 40cm de comprimento o ideal é não plantar mais que 04 mudas. A profundidade e a largura desses vasos deve ser de pelo menos 20cm.

Se seu vaso não está dando o resultado esperado, há grandes chances de ser por falta de sol ou devido à rega incorreta. Lembre-se que cada espécie de tempero tem as suas particularidades, portanto cuidado ao escolher as espécies para plantar juntas. Se a dúvida persistir, plante-as em
vasinhos separados.


Abaixo segue tabela com as característica e as recomendações de tipos de solo e rega para essas espécies. Clique na imagem:




Todas essas ervas devem ser plantadas a pleno sol. A adubação deve ser preferencialmente orgânica, e feita mensalmente. Para melhor orientação sobre esses cuidados, clique aqui: REGA e ADUBAÇÃO.



Durabilidade da horta

Essas plantas possuem ciclos, e para serem bem aproveitados é importante que haja o consumo contínuo das folhas e frutos, a fim de que a planta não cresça demais ou que não perca a sua utilidade.

No caso da salsa e da cebolinha, é importante sempre colher as folhas mais velhas para dar força às mais novas. Nas pimentas, é importante colher os frutos maduros para renovar e dar força para as próximas flores. No caso do manjericão, sempre arranque as flores pois elas “roubam” o perfume das folhas.

De um modo geral, o ciclo dessas plantas varia de 06 meses a um ano.


Época de plantio

Como precisam de luz solar em abundância, a melhor época para o desenvolvimento é de agosto a março, ou seja, primavera e verão.


Principais pragas

Grilo, paquinha, lagarta, pulgão e cochonilha. Como são plantas que serão consumidas, nunca utilize inseticidas químicos. Procure soluções orgânicas, como óleo de neem ou calda de fumo.





Texto: Paulo Heib
Fontes de pesquisa: livro Ervas e Temperos - Ed. SEBRAE

Manacá-de-cheiro ou Manacá-de-jardim



Nome científico: Brunfelsia uniflora

Nomes populares: manacá-de-cheiro, manacá-de-jardim, garetataca, mercúrio-vegetal, romeu-e-julieta

Antes de qualquer coisa, não confunda esse manacá-de-cheiro com o MANACÁ-DA-SERRA. São plantas diferentes, sendo que a única coisa em comum é que as flores mudam de tom com o passar dos dias.

O manacá-de-cheiro (Brunfelsia uniflora), muito conhecido também como manacá-de-jardim, é uma planta da família das Solanaceaes (da qual fazem parte o tomate, a batata, o tabaco, entre outros). É uma planta tropical bem brasileira, natural de nossa Mata Atlântica.



É um arbusto lenhoso que pode atingir de 2 a 3 metros de altura e até 2 metros de diâmetro de copa, de ramos densos e folhas ovaladas, lisas e verde escuras. Nas extremidades de seus ramos possui pequenas flores que se abrem azul-violetas e vão se tornando brancas, ou seja, durante sua floração fica com um colorido todo especial. Essas flores são extremamente perfumadas e costumam se formar durante a primavera e verão. Devido ao forte perfume, deve-se ter o cuidado de não plantá-la próxima a dormitórios de crianças e de pessoas mais sensíveis.



Pela sua beleza e perfume, o manacá-de-cheiro tem um grande valor ornamental. No mercado encontramos desde pequenas mudas com cerca de 50cm até plantas já formadas com cerca de 2 metros de altura. A escolha do tamanho dependerá do que projeto pede ou do espaço disponível.



É uma planta de pleno sol, bastante dinâmica pois pode ser plantada isolada ou em grupo, inclusive formando renques (as populares cercas-vivas). Também pode ser cultivada em vasos.





VARIEDADES
No mercado há uma planta bastante similar, que é o jasmim-do-paraguai (Brunfelsia australis). Tem algumas fotinhos dela nesse blog aqui: http://jardimdepedra.blogspot.com.br/2007/05/roxinha-como-te-chamas.html



MULTIPLICAÇÃO
Sua multiplicação é feita por sementes, por estaquia ou simplesmente pelas muitas mudas que surgem de suas raízes, que tornam o manacá-de-cheiro entouceirado.



PLANTIO
Pode ser plantado em qualquer época do ano, porém melhores resultados são esperados quando plantados no final de inverno e início de primavera.



SOLO
O solo deve ser rico em matéria orgânica e muito bem drenado, para assim criar um substrato parecido com o da Mata Atlântica.



ADUBAÇÃO
A adubação pode ser química ou orgânica, sendo que a primeira deve sempre seguir as recomendações da embalagem e a segunda deve ser repetida a cada três meses.



REGA
As regas devem ser regulares em época de poucas chuvas, e moderada em períodos chuvosos. Em vasos, as regas devem ser sempre regulares (2 a 3 vezes semanais).



PODA
É uma planta que aceita podas. A poda de contenção e de limpeza pode ser efetuada após o outono, quando a planta se prepara para entrar em dormência no inverno. Deve-se retirar os galhos secos.



PRAGAS
A borboleta-do-manacá (Methona themisto), que ocorre na Mata Atlântica, deposita seus ovos apenas nas folhas do manacá-de-cheiro, que é o único alimento de suas larvas e lagartas. Essa borboleta só se adapta ao ambiente urbano em que há manacás.




Texto: Paulo Heib
Fontes de consulta: jardineiro.net; livro Plantas Ornamentais no Brasil
Fotos: livro Plantas Ornamentais no Brasil

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